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terça-feira, 8 de setembro de 2009

O VERDADEIRO NOME DA TERRA

Semeamos o semear infausto:
O auspício ---- ao contemplar o nosso rosto ----
Delibera passar ao largo;
E a nossa colheita
Desembarca no porto dos ares
Da pátria do calvário.


Quem dera detivéssemo-nos nas mãos
A chave que abre a porta do alto grau do discernimento...
Porque assim compeliríamos
Os atrozes estupradores do mundo
A se envergar ante os nossos sonhos e
A se render á luminosa sofreguidão
Dos velozes corcéis dos nossos ideais-intentos magnânimos.


Ah, tudo poderia ser tão feérico e simples
Como é o claro lume pratino
Que emana a lua
Numa lindamente prosaica
Atmosfera noturna.


E a roda-viva do mundo a girar.
E o palhaço sádico a gargalhar.
E o terror a prosperar.
E o sentido da vida soturno a ficar.
E o crepúsculo se aproxima,
Munido de velocidade ímpar.
E o povo, apesar de tolhido pelo sofrimento ou tiranias,
Contempla o sol da esperança ainda a cara a lhe iluminar.

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

NO CAIS DA SOLIDÃO

Singro leve,
Doravante, meu itinerário:
Filho do errático móbile luminoso dos pensamentos,
Porque viajo até o píncaro do imaginário
Como miraculoso bólide efêmero.


A alegria paira-me rutilante
Sobre o firmamento:
Mas será o seu sol
Um momentâneo incêndio, hein,
Que me esconda o dantesco breu
Dentro da nave do perpétuo crescendo?


Ah, e quando nisso penso,
Depreendo-me conforme um mastro,
Que habita sorumbático
Um cais também ermo
Qual afaga incansável
Uma interminável miríade
De matizes do vácuo.

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA