Hoje regressamos ao estado de penumbra;
Ontem éramos a orfandade da luz translúcida,
Malévola geleira sem agrimensura
Que não deixa --- ainda que tremeluzente ou irresoluta ---
Que a magistratura do sol e da lua
Essencialmente se consuma:
Ah, o catarro verde
Quer que --- novamente ---
Provemos o sabor-verdade
Do total blecaute
E da bruma profunda, profusa, renitente, alarve,
O dantesco plenilúnio da edaz tempestade!
Ah, sinto estarmos
No limiar da boca da catástrofe:
Creio que, a cada movimento expansivo
De tirania da humanidade,
Ficamos á mercê do reino da vacuidade:
Sim, somos, afinal, escravos do todo-poderoso Hades!
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
ESTE BLOGUE TEM POR COMPROMISSO EXPOR OS NOVOS POEMAS DE JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA. ATENÇÃO: TODOS OS POEMAS FORAM REGISTRADOS PELA BIBLIOTECA NACIONAL, SITUADA NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO E SE ENCONTRAM SOB A PROTEÇÃO DA LEI DOS DIREITOS AUTORAIS N° 9.610/98 BlogBlogs.Com.Br
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
DEPURAÇÃO
Daqui a algumas eras parcas,
Quererei beber a potável água
Embora eu certamente saiba
Que ela --- em essência clara ---
Seja urina despojada
De ácido úrico, amônia, coloração amarelada:
Ficando, enfim, totalmente dessalinizada!
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
Quererei beber a potável água
Embora eu certamente saiba
Que ela --- em essência clara ---
Seja urina despojada
De ácido úrico, amônia, coloração amarelada:
Ficando, enfim, totalmente dessalinizada!
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
terça-feira, 5 de outubro de 2010
RÉPLICA DE UM POETA MENOR
Não convirjo com o Décio:
Ainda que seja chamado de arqueologia ou hábito decrépito,
Deleito-me mesmo é com o exercício de tecer versos.
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
• http://twitter.com/jessebarbosa27
Ainda que seja chamado de arqueologia ou hábito decrépito,
Deleito-me mesmo é com o exercício de tecer versos.
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
• http://twitter.com/jessebarbosa27
domingo, 3 de outubro de 2010
TORRENCIALMENTE...
A chuva molha ácida
A minha basáltica cara.
A chuva carboniza ávida
Todo o meu lirismo-crisálida.
A chuva á maneira incendiária
É uma navalha que mata e retalha
A medula dos sentidos da minha verve magmática.
A chuva, todavia,
Embala a esperança
Que pujantemente palpita
Nos corações das sertanejas almas,
Fazendo da terra ressequida, inexoravelmente devastada
Infinitos reinos de cristalina água:
Contínua florescência majestática
Das cataratas do Iguaçu e do Niágara!
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
A minha basáltica cara.
A chuva carboniza ávida
Todo o meu lirismo-crisálida.
A chuva á maneira incendiária
É uma navalha que mata e retalha
A medula dos sentidos da minha verve magmática.
A chuva, todavia,
Embala a esperança
Que pujantemente palpita
Nos corações das sertanejas almas,
Fazendo da terra ressequida, inexoravelmente devastada
Infinitos reinos de cristalina água:
Contínua florescência majestática
Das cataratas do Iguaçu e do Niágara!
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
PESCADOR DO LIRISMO
Pescar pensamentos
E transformá-los, ao sabor da alquimia,
Em iguarias da Poesia.
Pescar,
Com astuciosa energia,
A delação contra os matizes
Da miséria, esconsa ou furtiva
E convertê-la em metralhadoras compulsivas
Que cuspam balas de fogo da poesia,
Assassinando a peçonhenta hipocrisia!
Pescar o airoso voo da abelha,
O sorrateiro voo do açor,
O lúgubre voo do corvo,
O termal voo da centelha,
O solitário voo do albatroz,
O imensurável voo da cordilheira,
O insidioso voo da harpia,
O perspicaz voo da megalomaníaca águia faminta,
O dantesco voo do usurário abutre, o aeronáutico perito caçador de carniça,
O perscrutativo voo da coruja, sempre alerta, oportunista,
O garboso voo da garça, discípula da brisa,
O grandiloquente voo do ébano cisne simbolista,
O feérico voo das libélulas-borboletas, velas de chama sucinta,
O hialino voo da gaivota, paladina da libertária utopia
E o thecoviano voo da cotovia,
Comutando-os no cimento, na argamassa, no concreto,
Na viscosa argila, na titânica longarina,
Na onipotente vivenda de alvenaria da Poesia!
Ah,
Tornar exeqüível
A mais idílica das pescarias:
Deslindar,
Ao bel-prazer do incessante fluxo
E refluxo da odisseia dos dias,
Que o elixir da vida
Foi, é e eternamente será
A onipresente e suprema arte cristalina da Poesia!
Ah,
A bem que se diga,
Quero que --- num iminente amanhã qual ao longe,
Inermemente rutila ---
A esperança-lamparina
Faça de meu ser em letargia
Mais um prolífico pescador da Poesia!
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
E transformá-los, ao sabor da alquimia,
Em iguarias da Poesia.
Pescar,
Com astuciosa energia,
A delação contra os matizes
Da miséria, esconsa ou furtiva
E convertê-la em metralhadoras compulsivas
Que cuspam balas de fogo da poesia,
Assassinando a peçonhenta hipocrisia!
Pescar o airoso voo da abelha,
O sorrateiro voo do açor,
O lúgubre voo do corvo,
O termal voo da centelha,
O solitário voo do albatroz,
O imensurável voo da cordilheira,
O insidioso voo da harpia,
O perspicaz voo da megalomaníaca águia faminta,
O dantesco voo do usurário abutre, o aeronáutico perito caçador de carniça,
O perscrutativo voo da coruja, sempre alerta, oportunista,
O garboso voo da garça, discípula da brisa,
O grandiloquente voo do ébano cisne simbolista,
O feérico voo das libélulas-borboletas, velas de chama sucinta,
O hialino voo da gaivota, paladina da libertária utopia
E o thecoviano voo da cotovia,
Comutando-os no cimento, na argamassa, no concreto,
Na viscosa argila, na titânica longarina,
Na onipotente vivenda de alvenaria da Poesia!
Ah,
Tornar exeqüível
A mais idílica das pescarias:
Deslindar,
Ao bel-prazer do incessante fluxo
E refluxo da odisseia dos dias,
Que o elixir da vida
Foi, é e eternamente será
A onipresente e suprema arte cristalina da Poesia!
Ah,
A bem que se diga,
Quero que --- num iminente amanhã qual ao longe,
Inermemente rutila ---
A esperança-lamparina
Faça de meu ser em letargia
Mais um prolífico pescador da Poesia!
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
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