ESTE BLOGUE TEM POR COMPROMISSO EXPOR OS NOVOS POEMAS DE JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA. ATENÇÃO: TODOS OS POEMAS FORAM REGISTRADOS PELA BIBLIOTECA NACIONAL, SITUADA NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO E SE ENCONTRAM SOB A PROTEÇÃO DA LEI DOS DIREITOS AUTORAIS N° 9.610/98 BlogBlogs.Com.Br
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
DIVAGANDO SOBRE A POÉTICA CABRALINA
O verso cabralino
É conciso, sintético;
Mas que transforma
Em Taj Mahal dos pensamentos
Quaisquer ruínas do cérebro.
A fotográfica topografia cabralina
O corpo e a alma dos entes desnuda:
A exemplo do Rio Capibaribe,
O perfeito cão sem plumas;
A exemplo da cabra, que,
Com sua epifânica, sábia e curtida negrura,
Plasma ou cunha --- no DNA filiforme, porém tenaz
Da emigrante nordestina pessoa ---
O gosto pela arte da sobrevivência,
Além do amor pela saudade telúrica;
A exemplo da dileta fruta,
Aferindo-a ante toda uma sorte de frutas
Para poder mostrar
A sóbria apoteose da sua ímpar gostosura.
A poética cabralina
É --- em verdade ---
Um majestático, prolífero reino mineral:
Talhada á água,
Á pedra, a mangue,
Á natureza vestida de sol e sal.
A poesia de Cabral
Não flerta ou transa com o sol do lirismo:
Evita a esparrela de sua areia movediça,
De seu insidioso precipício!
Entretanto a aridez dos versos cabralinos
Derrama sobre nós
Um infinito afluente de sentimentos:
A eloquência de sua iconografia
Faz com que a sua poesia
Induza o leitor ao choro, ao enternecimento,
Á erupção da emoção legítima
Quando a declamamos no apogeu do seu momento!
Afinal a poesia cabralina
Ostenta um dúplice segredo:
A observação como matéria prima
E o seu canto a palo seco.
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
domingo, 20 de fevereiro de 2011
A GRAVIDADE EM COMA
Preciso despressurizar a mente em pânico:
Fazê-la viajar sem medo
Pelos mares-veraneio do remanso benfazejo, tônico, atlântico!
Preciso despressurizar a mente em pânico:
Exorcizar os fantasmas nefandos,
Absorvendo as verdades quais me acossam
E seus longevos danos.
Preciso despressurizar a mente em pânico:
Quero reverter o processo
De atrofia e necrose dos meus neurônios
Para pôr minha vida novamente no prumo.
Preciso despressurizar a mente em pânico:
Saber que viver é um carro desgovernado
Continuamente em trânsito.
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
Fazê-la viajar sem medo
Pelos mares-veraneio do remanso benfazejo, tônico, atlântico!
Preciso despressurizar a mente em pânico:
Exorcizar os fantasmas nefandos,
Absorvendo as verdades quais me acossam
E seus longevos danos.
Preciso despressurizar a mente em pânico:
Quero reverter o processo
De atrofia e necrose dos meus neurônios
Para pôr minha vida novamente no prumo.
Preciso despressurizar a mente em pânico:
Saber que viver é um carro desgovernado
Continuamente em trânsito.
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
A MENSAGEIRA DA LIBERDADE
O sol da utopia
É o pergaminho-lamparina
Que pavimenta e norteia
A alameda-alquimia por onde trilha
A sempre liricamente rija alma peregrina:
Ela se agasalha solícita
Com o manto da esperança,
Torcendo para que um dia
O deserto da mente humana
Vire frondosa e suntuosa Amazônia.
Ah, seu impávido espírito
Vive ao deleitoso sabor
Da ígnea aventura:
Por mais que seu barco-centelha
Naufrague e afunde
Nas profundezas abrasivas da úlcera,
O amor pela vida
Transforma este monumento á ideologia-candura
Na fonte mais prolífica
De imortalidade da magnânima luta.
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
É o pergaminho-lamparina
Que pavimenta e norteia
A alameda-alquimia por onde trilha
A sempre liricamente rija alma peregrina:
Ela se agasalha solícita
Com o manto da esperança,
Torcendo para que um dia
O deserto da mente humana
Vire frondosa e suntuosa Amazônia.
Ah, seu impávido espírito
Vive ao deleitoso sabor
Da ígnea aventura:
Por mais que seu barco-centelha
Naufrague e afunde
Nas profundezas abrasivas da úlcera,
O amor pela vida
Transforma este monumento á ideologia-candura
Na fonte mais prolífica
De imortalidade da magnânima luta.
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
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