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quinta-feira, 9 de julho de 2009

A IGNOTA EQUAÇÃO HERMÉTICA DE UMA MATÉRIA

Ela não emite e nem absorve o galopar pujante e pungente
Da luz, da energia.
Ela vaga intangível pelo espaço:
Á revelia dos tradicionais dogmas
Da Gravidade, da Astro-Física.


Ela faz da incapacidade
De comprovar a sua existência
O seu éden abscondido:
O poder da altiva acuidade,
O poder da mais onipotente fortaleza,
O poder da mais sábia aquarela da insurgência,
A fluência da mais dinâmica cachoeira da móbil clareza,
A sageza daquela que é a mais inalcansavel cordilheira da transparência!


Ela aglomera estrelas:
Torna o lúgubre universo
Em cinéticos pontos de luminescência.


Ela, afinal, me espanta:
Trajada com a indumentária do anonimato,
Se comuta numa das forças
Que timoneram o sideral vácuo.





Ah, como quero fitá-la,
Degustá-la opticamente
E tangê-la no afagar da demora:
Abraçá-la, amá-la, sorvê-la,
Adquirir-lhe a virtude do contínuo voo
E segui-la esconsamente
Pela vastidão das galáxias,
Que, a granel,
Nascendo, medrando, morrendo,
Caminhando para o reino da unificação se vão.

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA