A vida é o orfanato da certeza:
Hoje se veste de monarca supremo da onipresença;
Amanhã poderá viver
Como o mais caro patrimônio da ausência.
Lembranças vagam mortas pela cabeça:
Nem mesmo poemas
Conseguem capturar a sua arcana seiva.
Migalhas são ofertadas
Com ares de bonança:
E assim, a camuflagem da sarjeta
Põe em coma o renitente sol da mudança.
A liberdade são veleiros camaliônicos
Que tentam fugir da tirania:
Seus discípulos incondicionalmente a perseguem
Ainda que morram de anorexia.
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
1 comentário:
Bom dia, Jessé. Passando para conhecer o seu espaço, acabei lendo, lendo... Parei aqui para deixar um registro: que poema incrível! Parabéns por todo o blog. abraços. Um 2010 com muitas realizações.
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