Dentro de mim,
O balé do nada baila:
Baila á canção
Da manhã de vontades e sáfaras.
Contudo, dentro de mim,
Mais que o niilismo,
Prepondera a esperança
De que uma nova era rebente
E consigo traga
A Flora, a Aquarela, a Bonança, a auspiciosa Aura:
Oceanos da água pletórica, prenhe, fausta
Para nossa sofrida e calejada
Gente cuja corrente sanguínea
É Pujança, Fauna, Garra Leonina, Matriarca!
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
ESTE BLOGUE TEM POR COMPROMISSO EXPOR OS NOVOS POEMAS DE JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA. ATENÇÃO: TODOS OS POEMAS FORAM REGISTRADOS PELA BIBLIOTECA NACIONAL, SITUADA NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO E SE ENCONTRAM SOB A PROTEÇÃO DA LEI DOS DIREITOS AUTORAIS N° 9.610/98 BlogBlogs.Com.Br
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
terça-feira, 6 de outubro de 2009
BÍPEDE ARTIFICIAL
As pernas pneumáticas
Levam-me pelo quarto,
Pela sala, pelo subsolo,
Pela varanda, pelo corpo da casa grosso modo.
As pernas pneumáticas
Conduzem-me como um cicerone insano pelas cidades-culturas-personagens:
Lama, mar, PESCADORES, BAIANAS, marinheiros, arranha-céus, becos,
Risorts, bregas, Lacerdas, Malvinas, Ondinas, Lapinhas, LIBERDADE;
InvasÕES, Iemanjás, Sertões, Caatingas, LENçóIS, Santanas, Romaria
Amaros, Romeiros, sobrados, teatros, AlAgaDOS, Diamantinas, BRUMADOS,
Candomblés, Juazeiros, Jubiabados, ITABunas, NegrituDES, Garibaldis,
Jequiés, Cachoeiras, Oguns, Abaetés, ermidas, templos, sincréticas paisagens!
As pernas pneumáticas
Trazem-me de volta:
A minha verve de Pedro Bala adormece, de novo, sob o afago da estafa.
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
Levam-me pelo quarto,
Pela sala, pelo subsolo,
Pela varanda, pelo corpo da casa grosso modo.
As pernas pneumáticas
Conduzem-me como um cicerone insano pelas cidades-culturas-personagens:
Lama, mar, PESCADORES, BAIANAS, marinheiros, arranha-céus, becos,
Risorts, bregas, Lacerdas, Malvinas, Ondinas, Lapinhas, LIBERDADE;
InvasÕES, Iemanjás, Sertões, Caatingas, LENçóIS, Santanas, Romaria
Amaros, Romeiros, sobrados, teatros, AlAgaDOS, Diamantinas, BRUMADOS,
Candomblés, Juazeiros, Jubiabados, ITABunas, NegrituDES, Garibaldis,
Jequiés, Cachoeiras, Oguns, Abaetés, ermidas, templos, sincréticas paisagens!
As pernas pneumáticas
Trazem-me de volta:
A minha verve de Pedro Bala adormece, de novo, sob o afago da estafa.
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
sábado, 3 de outubro de 2009
A POEM TO LUCIANA SLONGO
Sábia sensoriedade que semeia jardins de prospectar
A grandeza habitante no templo do orgânico rio dramático da vida.
Sábia sensoriedade que, com sua lírica sagacidade,
Desmascara a atroz teatralidade ladinamente homicida.
Sábia sensoriedade que exala doces aromas de alacridade e magia.
Sábia sensoriedade que compõe odes e árias
Ao heliocentrismo da liberdade.
Sábia sensoriedade que carrega consigo
O gene da sensibilidade capaz de captar
A beleza do mundo,
Encerrada
No imorredouro fluir e refluir do oceano dos dias comumente jucundos.
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
A grandeza habitante no templo do orgânico rio dramático da vida.
Sábia sensoriedade que, com sua lírica sagacidade,
Desmascara a atroz teatralidade ladinamente homicida.
Sábia sensoriedade que exala doces aromas de alacridade e magia.
Sábia sensoriedade que compõe odes e árias
Ao heliocentrismo da liberdade.
Sábia sensoriedade que carrega consigo
O gene da sensibilidade capaz de captar
A beleza do mundo,
Encerrada
No imorredouro fluir e refluir do oceano dos dias comumente jucundos.
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
terça-feira, 8 de setembro de 2009
O VERDADEIRO NOME DA TERRA
Semeamos o semear infausto:
O auspício ---- ao contemplar o nosso rosto ----
Delibera passar ao largo;
E a nossa colheita
Desembarca no porto dos ares
Da pátria do calvário.
Quem dera detivéssemo-nos nas mãos
A chave que abre a porta do alto grau do discernimento...
Porque assim compeliríamos
Os atrozes estupradores do mundo
A se envergar ante os nossos sonhos e
A se render á luminosa sofreguidão
Dos velozes corcéis dos nossos ideais-intentos magnânimos.
Ah, tudo poderia ser tão feérico e simples
Como é o claro lume pratino
Que emana a lua
Numa lindamente prosaica
Atmosfera noturna.
E a roda-viva do mundo a girar.
E o palhaço sádico a gargalhar.
E o terror a prosperar.
E o sentido da vida soturno a ficar.
E o crepúsculo se aproxima,
Munido de velocidade ímpar.
E o povo, apesar de tolhido pelo sofrimento ou tiranias,
Contempla o sol da esperança ainda a cara a lhe iluminar.
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
O auspício ---- ao contemplar o nosso rosto ----
Delibera passar ao largo;
E a nossa colheita
Desembarca no porto dos ares
Da pátria do calvário.
Quem dera detivéssemo-nos nas mãos
A chave que abre a porta do alto grau do discernimento...
Porque assim compeliríamos
Os atrozes estupradores do mundo
A se envergar ante os nossos sonhos e
A se render á luminosa sofreguidão
Dos velozes corcéis dos nossos ideais-intentos magnânimos.
Ah, tudo poderia ser tão feérico e simples
Como é o claro lume pratino
Que emana a lua
Numa lindamente prosaica
Atmosfera noturna.
E a roda-viva do mundo a girar.
E o palhaço sádico a gargalhar.
E o terror a prosperar.
E o sentido da vida soturno a ficar.
E o crepúsculo se aproxima,
Munido de velocidade ímpar.
E o povo, apesar de tolhido pelo sofrimento ou tiranias,
Contempla o sol da esperança ainda a cara a lhe iluminar.
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
NO CAIS DA SOLIDÃO
Singro leve,
Doravante, meu itinerário:
Filho do errático móbile luminoso dos pensamentos,
Porque viajo até o píncaro do imaginário
Como miraculoso bólide efêmero.
A alegria paira-me rutilante
Sobre o firmamento:
Mas será o seu sol
Um momentâneo incêndio, hein,
Que me esconda o dantesco breu
Dentro da nave do perpétuo crescendo?
Ah, e quando nisso penso,
Depreendo-me conforme um mastro,
Que habita sorumbático
Um cais também ermo
Qual afaga incansável
Uma interminável miríade
De matizes do vácuo.
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
Doravante, meu itinerário:
Filho do errático móbile luminoso dos pensamentos,
Porque viajo até o píncaro do imaginário
Como miraculoso bólide efêmero.
A alegria paira-me rutilante
Sobre o firmamento:
Mas será o seu sol
Um momentâneo incêndio, hein,
Que me esconda o dantesco breu
Dentro da nave do perpétuo crescendo?
Ah, e quando nisso penso,
Depreendo-me conforme um mastro,
Que habita sorumbático
Um cais também ermo
Qual afaga incansável
Uma interminável miríade
De matizes do vácuo.
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
sábado, 29 de agosto de 2009
Á PROCURA DE UM MUNDO ONDE HAJA SUNSHINE
As mãos tentam reter
O ar em sua superfície
Como matéria sólida.
Contudo, apesar da tenacidade do ânimo,
O sangue da atmosfera,
Pelos poros dos dedos, se liberta.
Então volto a ficar cabisbaixo:
Zarpando pelas águas
Da utopia onde se fixa
A universal felicidade retilínea,
Vislumbro a luz do sol pulverizar toda e qualquer mesquinharia.
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
O ar em sua superfície
Como matéria sólida.
Contudo, apesar da tenacidade do ânimo,
O sangue da atmosfera,
Pelos poros dos dedos, se liberta.
Então volto a ficar cabisbaixo:
Zarpando pelas águas
Da utopia onde se fixa
A universal felicidade retilínea,
Vislumbro a luz do sol pulverizar toda e qualquer mesquinharia.
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
sábado, 1 de agosto de 2009
ADMIRANDO O CREPÚSCULO
O etéreo se mitigando vai
Á medida que a baixa tarde solar
Irremediavelmente se faz cair
Sobre nós.
Gradativamente,
O etéreo do azul
Vai se perdendo,
Vai se desencontrando de si mesmo,
Vai se transmudando
Num levemente esbranquiçado vermelho
Que logo é sucedido por um breve azul-marinho.
Então, ele, em seguida,
Assume a forma de azul-basalto:
Assim, um outro etéreo do firmamento
Aflora. O etéreo do negro mar
Qual, sob o comando da nave lua,
Domina e guia os passos
Do céu meio aceso, meio sonâmbulo, meio silente orvalho
De lume cor candura!
Porém este novo etéreo absconde enigmas:
Não por ser negro. O negro é
Um diamante que emite uma luz magnífica.
No entanto, seu eflúvio
Difere dos outros dias. Mostra-se
Criatura voraz, facínora
Pois traz na saliva o sangue de incautas crianças!
Por trás de um véu obliquo e sombrio,
Repousa sua acossadora forma:
A face de Pandora.
Ah, e a flor da exultação brota
Dos lábios soezes dos eunucos da decência
Quando veem o desespero soçobrar
A alegria de desejar a vida de qualquer maneira.
Ah, ao pensar
Que estes assassinos seriais do amor
Governam esta atmosfera noturna,
Percebo que o etéreo deste negro
Também se tresmalha, se dilui:
Vira nada. E o que resta
É uma celeste bruma medonha.
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
Á medida que a baixa tarde solar
Irremediavelmente se faz cair
Sobre nós.
Gradativamente,
O etéreo do azul
Vai se perdendo,
Vai se desencontrando de si mesmo,
Vai se transmudando
Num levemente esbranquiçado vermelho
Que logo é sucedido por um breve azul-marinho.
Então, ele, em seguida,
Assume a forma de azul-basalto:
Assim, um outro etéreo do firmamento
Aflora. O etéreo do negro mar
Qual, sob o comando da nave lua,
Domina e guia os passos
Do céu meio aceso, meio sonâmbulo, meio silente orvalho
De lume cor candura!
Porém este novo etéreo absconde enigmas:
Não por ser negro. O negro é
Um diamante que emite uma luz magnífica.
No entanto, seu eflúvio
Difere dos outros dias. Mostra-se
Criatura voraz, facínora
Pois traz na saliva o sangue de incautas crianças!
Por trás de um véu obliquo e sombrio,
Repousa sua acossadora forma:
A face de Pandora.
Ah, e a flor da exultação brota
Dos lábios soezes dos eunucos da decência
Quando veem o desespero soçobrar
A alegria de desejar a vida de qualquer maneira.
Ah, ao pensar
Que estes assassinos seriais do amor
Governam esta atmosfera noturna,
Percebo que o etéreo deste negro
Também se tresmalha, se dilui:
Vira nada. E o que resta
É uma celeste bruma medonha.
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
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